quarta-feira, 11 de maio de 2011

António Jara - Mandatário Distrital Candidatos CDU

Aceitei ser Mandatário Distrital da Lista de candidatos às eleições legislativas pelo circulo eleitoral de Évora, porque sendo tão grave o momento que o País atravessa, todos nós não podemos encolher os ombros e ficar à espera a ver o que acontece, mas pelo contrário temos o dever de nos empenhar para dar a volta a isto.

O País não pode continuar a suportar sacrifícios para encher os bolsos de especuladores e da Banca, ao mesmo tempo que se afunda em recessão económica, que o desemprego alastra e o custo de vida aumenta.

O País não pode continuar a estar sujeito ao saque e à especulação, não pode continuar a alimentar os lucros astronómicos dos Bancos com super-juros, nem a salvar os accionistas (donos) de Bancos falidos.

O endividamento externo do País é uma consequência da política de desastre Nacional que PS, PSD e CDS impuseram nos últimos 35 anos (ora estás tu ora estou lá eu!).

Estamos num estado lastimável por causa da corrupção pública e privada, por causa da política de concentração do capital, de privatizações/parcerias público-privadas e por causa dos Bancos e dos juros usurários que o BCE (Banco Europeu) nos cobra.

A França e Alemanha impuseram-nos a liquidação do aparelho produtivo (vide agricultura e pesca), para lhes passarmos a comprar o que deixamos de produzir.

Os Bancos Europeus, incluindo os Portugueses financiaram-se junto ao BCE a taxas de juro de 1%, para depois adquirirem a dívida pública cobrando ao Estado Português até mais de 8%, alegando falta de credibilidade das políticas do Governo, mas esses mesmos Títulos que não são credíveis, são dados como garantia ao BCE para obtenção desse empréstimo a juros baixos!!!

Os Bancos, Seguradoras e Empresas de especulação financeira, que perderam milhares de milhões de capital fictício com a "Crise", pretendem recuperá-lo á custa de cortes nos salários e pensões, redução crescente dos direitos sociais, precariedade e flexibilidade do trabalho, aumento dos impostos sobre os produtos de 1ª necessidade, com as teorias ditas de "inevitabilidade", "sacrifícios para todos"(!?)e "não há nada a fazer".

Os sacrifícios pedidos são sempre para os mesmos, com ataques aos rendimentos do trabalho, aos salários e às pensões, com fomento da precariedade laboral, com a facilitação e embaratecimento dos despedimentos, com os aumentos dos horários de trabalho, com o agravamento fiscal para os rendimentos do trabalho e para os produtos de 1ª necessidade, conduzindo à degradação das condições de vida dos que menos têm.

O ataque contra os Serviços Públicos que devem garantir a Saúde e Educação com as privatizações que se preparam e que têm por trás os princípios – quem quer saúde que a pague (Leonor Beleza/Passos Coelho), quem quer Educação que a pague e quem quer Justiça que a pague!

A Política desastrosa centrada no combate ao deficit das contas públicas, que afunda o País num circulo vicioso de estagnação, recessão, falências, desemprego e aumento da dívida.

Passos Coelho e o seu "gémeo bivitelino"Sócrates, apenas têm as mesmas medidas Neoliberais de austeridade/privatizações, subordinadas aos interesses dos grandes grupos económicos e da Banca, que estrangulam as pequenas e médias empresas, que acentuam a exploração dos trabalhadores e que acentuam as desigualdades sociais.

O FMI está na Grécia e na Irlanda há quase 1 ano, e a dívida aumentou, os juros mantêm-se elevados, as falências estão em curso, o desemprego quase duplicou e a recessão está instalada.

Quem ganhou com o FMI foi a alta finança e os Bancos Americanos que estão por trás do FMI (não se iludam os que querem cá o FMI porque pensam que essa é a maneira de acabar com o compadrio e corrupção).

O objectivo não é que se paguem as dívidas (que nunca se pagarão!), mas antes que se vão pagando os juros e que se mantenham atados de pés e mãos.

È necessário um Governo de Esquerda para uma política de esquerda, que promova o desenvolvimento económico (a agricultura, as pescas, a pecuária, as pequenas e médias empresas, o consumo interno), que promova a melhoria das condições de vida de quem trabalha e do povo em geral, que promova o interesse público e recupere a independência Nacional (basta de sermos um pau mandado da Sr.ª Merckel!).

É necessário um Governo de Esquerda que ponha cobro á corrupção desenfreada e sem vergonha, que limite os lucros dos Intermediários para permitir um pagamento justo aos Agricultores e Pescadores, que reduza os impostos aos produtos de 1ª necessidade e aumente os impostos aos produtos de luxo, que cobre impostos aos lucros da Banca, dos Casinos e das operações financeiras, e que garanta o Serviço Nacional de Saúde e a Educação conforme estão garantidas na nossa Constituição de Abril.

È necessário um Governo de Esquerda que renegoceie a dívida, que realize uma Auditoria da Dívida externa, que permita reduzi-la á sua dimensão real (descartando a que resulta da especulação dos "rating"a que estamos a ser vítimas).

Só com uma votação forte na CDU podemos ter um Governo de Esquerda, que nos garanta as aspirações ao progresso e à redução do enorme fosso entre ricos e pobres.

VIVA A CDU!

O Mandatário da CDU

António Jara

Médico Cardiologista

Publicado no CDU Évora




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